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Solo para um homem só

livro de poemas

performance de dança e música

disco 

Os poemas do livro 'Solo para um Homem Só' são o ponto de partida e o guia de um percurso que começa no útero materno, passa pela infância, adolescência, idade adulta e atravessa a existência. A solidão que percebemos, a solidão que nos acomete sem nos tocarmos, a solidão que dói no corpo e dói na alma. A solidão que nos lança no vazio, a solidão com a qual não sabemos lidar, que nos implode e nos faz explodir. O  abandono, a separação, a solidão imposta por algo externo, aquela necessária para o nosso amadurecimento e por fim a solitude, estado de inteireza que pode nos curar e dar luz à escuridão. A narrativa poético-sonora desenha com delicadeza e contundência o caminho do homem só que sente, processa, amadurece e transcende a dor da solidão através da busca do auto-conhecimento e da espiritualidade.

Que essa experiência possa, de alguma forma e em algum nível, nos transformar positivamente. Que possamos reconectar nossa humanidade ao examinar com profundidade nosso Ser para enxergar melhor o outro e o mundo ao nosso redor com um olhar mais amoroso.

A performance de improvisação de música, poesia e dança foi concebida por Rodrigo Bragança e pela bailarina e artista do movimento Priscila Torres.

Solo para um Homem Só
Solo para um Homem só - teaser 1
01:28
Solo para um Homem só - teaser 2
01:12
Solo para um Homem só - teaser 3
01:19
Solo para um Homem só - teaser 4
01:32
Solo para um Homem Só - teaser extendido
04:26

alguns poemas do livro

à minha mãe peço a chave do útero

para que eu possa entrar e fechar os olhos

preciso perder o mundo

hibernar

para que o escuro me cure e meus sonhos descansem

quando estou porta

quando estou pedra

quando estou mula

quando estou cela

 

quando estou poste

quando estou vala

quando estou sêca

quando estou lua

quando estou farpa

quando estou falta

quando estou nunca

as mãos acenam

a voz naufraga

o peito carrega e deságua

os olhos chovem o fim da tarde trágica

a cidade acabou

nunca há tempo

para uma despedida

o abraço uma hora acaba

quando não há quem

quando não há como

quando onde é qualquer esquina

quando a esquina não encontra ninguém

ensaios

fotos: Lou Gaioto
performance: Priscila Torres
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